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sexta-feira, 31 de julho de 2009
Rage Trailer (2009)
Rage”, o novo filme da realizadora Sally Potter, foi apresentado no 59º festival de cinema de Berlim em Fevereiro passado e tem estreia marcada para o dia 24 de Setembro. “Rage” relata as vidas de vários colaboradores de uma casa de Alta Costura em Nova Iorque e foi hipoteticamente filmado por um jovem estudante com a câmara do seu telemóvel. Entre as personagens estão um drag queen narcisista, interpretado por Jude Law, uma manequim deprimida representada por Lily Cole, uma jornalista de moda interpretada por Judi Dench e uma dúzia de outras personagens que trabalham no meio da moda. O enredo centra-se num acidente ocorrido durante um desfile e que se transforma numa investigação policial.
http://www.youtube.com/watch?v=aAmR0xL5LIE
Com cores saturadas e entrevistas cerradas, o novo filme de Sally Potter dá origem a um novo estilo cinematográfico que a realizadora define como “Naked Cinema” (Cinema Nú). A história desenvolve-se através de entrevistas e testemunhos de diferentes personagens que se declaram sucessivamente em frente à câmara do jovem estudante. Enquanto o filme não chega ao grande ecrã, podemos ver o trailer.
http://ragethemovie.com/
DVD YVES SAINT LAURENT
Um criador de moda genial de um lado, um homem secreto do outro. O mito Yves Saint Laurent não pára de crescer ao longo dos anos e continua a fascinar. O novo documentário de Jérôme de Missolz, “Yves Saint Laurent Tout terriblement”, presta homenagem ao célebre criador francês, apresentando um resumo da sua vida e obra através de uma série de documentos de arquivo e imagens inéditas. Filmado durante o Verão de 1994 nas diferentes residências de Yves Saint Laurent, o filme revela o processo criativo do criador durante a preparação da sua colecção de Alta Costura. São 48 minutos passados no interior do universo Yves Saint Laurent, entre admiráveis vestidos de Alta Costura, magníficas casas e confissões do próprio criador, com comentários de Jeanne Moreau. “Yves Saint Laurent Tout terriblement” será lançado em DVD a 4 de Novembro.
Além do documentário, o DVD incluirá também uma entrevista que Yves Saint Laurent deu no final da década de 1960, respondendo às acusações de Coco Chanel. Na primavera de 1968, no programa de TV francês “Dim Dam Dom”, Coco Chanel nomeou Yves Saint Laurent como seu sucessor e ao mesmo tempo acusou-o de copiá-la. A resposta de Yves Saint Laurent chegou um mês depois no mesmo programa. “Primeiro, sinto-me muito honrado que Mademoiselle Chanel esteja interessada no meu trabalho e que me tenha designado como seu sucessor, mas não estou de acordo quando diz que a copio. Acho que a grande diferença entre mim e Mademoiselle Chanel é que eu tento dar às mulheres um estilo que as permitam adaptar o seu próprio estilo aos meus vestidos e desenvolver a sua personalidade. Enquanto que uma mulher que veste Chanel se parece com Mademoiselle Chanel.”
sábado, 25 de julho de 2009
INDICAÇÃO DE FILME
CONFISSÕES DE UMA GAROTA DE PROGRAMA
CONFISSÕES DE UMA GAROTA DE PROGRAMA se passa durante cinco dias na vida de Chelsea (a estrela de filmes adultos Sasha Grey, fazendo sua estréia nos cinemas), uma garota de programa de luxo, que atende clientes da alta sociedade de Manhattan. Ela oferece mais do que sexo para seus clientes: oferece também companheirismo e conversa – uma verdadeira “namorada de aluguel”. Chelsea acha que tem a sua vida totalmente sob controle. Sente que seu futuro é seguro, porque cuida de seu próprio negócio à sua maneira, ganha 2 mil dólares em uma hora e tem um namorado dedicado (Chris Santos), que aceita o seu estilo de vida. Mas quando você está no negócio de conhecer pessoas, você nunca sabe quem encontrará pela frente...
STEVEN SODERBERGH – Diretor
Steven Soderbergh ganhou um Oscar® de Melhor Diretor em 2000 pelo filme Traffic. Ele teve uma dupla indicação nesse mesmo ano, concorrendo também pelo filme Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento, o qual Julia Roberts levou a estatueta de melhor atriz.. Soderbergh já havia sido indicado ao Oscar® de Melhor Roteiro Original pelo filme Sexo, Mentiras e Videotape, que marcou sua estréia na direção. O filme também ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1989.
Entre os outros filmes que dirigiu, estão: Che, Treze Homens e Outro Segredo, O Segredo de Berlim, Bubble, Doze Homens e um Novo Segredo, Solaris, Full Frontal, Onze Homens e Um Segredo, O Estranho, Irresistível Paixão, entre outros.
O que me chamou a atenção no filme:
- A montagem e edição do filme. Amei!!! A narrativa é cortada e fragmentada, as cenas são costuradas como uma colcha. É preciso ficar atento para não perder o fio condutor.
- A relação das pessoas com os produtos, mercado, consumo, as pessoas são coisificadas
-A relação das pessoas com as marcas, lojas de luxo e o consumo
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Realizado pelo Centro de Pesquisas Sociossemióticas – CPS/PUC-SP, nos dias 11, 18 e 25 de agosto de 2009, acontecerá o CICLO CINEMA E MODA (figurino e narratividade) que objetiva analisar as relações entre moda, figurino e cinema. Durante três terças-feiras do mês de agosto, serão exibidos três títulos do cinema atual que exprimem essa relação.
Quando: (11, 18, 25/08/2009) – terças feiras
Horário: 09h às 12: 00h
Carga horária: 12 horas (certificado expedido para ouvintes com participação nos três dias do evento)
Onde: Auditório do Banespa (ao lado da Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP, térreo)
Dinâmica: Será exibido o filme, seguido de explanação a cargo do convidado da área de cinema ou moda e de debate com os pesquisadores do CPS. Duração de 20 minutos cada.
Vagas limitadas
PROGRAMAÇÃO
TEMA: O figurino como criador da personagem - 11 de agosto de 2009 – 09h às 12: 00h
Filme: DESEJO E PERIGO – Se, Jie, 2007, (China / EUA) Leão de Ouro em Veneza 2007. Direção de Ang Lee, direção de arte e figurinos de Lai Pan Com Tony Leung, Tang Ewi,Chiu Wai e Joan Chen ). Duração: 157”
Sinopse: Wang Jiazhi (Wei Tang) é uma jovem chinesa que entra na faculdade durante o período de ocupação japonesa, na 2ª Guerra Mundial. Lá ela participa de um grupo de teatro patriótico, tornando-se rapidamente a artista principal. Entretanto os planos do grupo são mais ambiciosos. Eles decidem assassinar o Sr. Yee (Tony Leung Chiu Wai), um colaborador do lado japonês. Wang, então, se transforma em Mak, a fictícia esposa de um mercador. Sua função é se tornar amante do Sr. Yee, para facilitar a ação do grupo.
Participantes: Prof.ª Ana Claudia Oliveira, Cristina Gomes Freire, Jô Souza e Dhora Costa
TEMA: A PERSONAGEM DITAVA A MODA NO SEU TEMPO -18 de agosto de 2009 - 09h às 12: 00h
Filme: A DUQUESA - The Duchess 2008, (Itália / França / Inglaterra) Oscar de melhor figurino em 2009. Direção de Saul Dibb, figurino de Michael O'Connor. Duração: 110”
Sinopse:Georgiana Spencer (Keira Knightley) casou-se aos 18 anos com o Duque de Devonshire (Ralph Fiennes), que queria a todo custo ter um filho. Detentora do título de Duquesa de Devonshire, logo Georgiana demonstrou sua inteligência e perspicácia perante a corte inglesa. Entretanto ela não conseguia dar ao duque um filho. Isto faz com que o relacionamento entre eles se deteriore, pouco a pouco.
Participantes: Prof.ª Ana Claudia Oliveira, Jô Souza, Mirella Diniz Luiggi, Mara Maia, Valeria Pereira da Silva
TEMA: O ESTILISTA COMO PERSONAGEM DO DOCUMENTÁRIO -25 de agosto de 2009 - 09h às 12: 00h
Filme: IDENTIDADE DE NÓS MESMOS ou Anotações para Roupas e Cidades - Aufzeichnungen zu Kleidern und Städten, 1989 (Alemanha). Direção Wim Wenders. Duração: 79”
Sinopse : O cineasta Wim Wenders conversa com o estilista Yohji Yamamoto sobre o processo criativo e avalia o relacionamento entre as cidades e a identidade com o cinema na era digital.
Participantes: Ana Claudia Oliveira, Jô Souza, Cíntia Fernandes e Luciano Ramos
INFORMAÇÕES: zizizaza@gmail.com
Quando: (11, 18, 25/08/2009) – terças feiras
Horário: 09h às 12: 00h
Carga horária: 12 horas (certificado expedido para ouvintes com participação nos três dias do evento)
Onde: Auditório do Banespa (ao lado da Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP, térreo)
Dinâmica: Será exibido o filme, seguido de explanação a cargo do convidado da área de cinema ou moda e de debate com os pesquisadores do CPS. Duração de 20 minutos cada.
Vagas limitadas
PROGRAMAÇÃO
TEMA: O figurino como criador da personagem - 11 de agosto de 2009 – 09h às 12: 00h
Filme: DESEJO E PERIGO – Se, Jie, 2007, (China / EUA) Leão de Ouro em Veneza 2007. Direção de Ang Lee, direção de arte e figurinos de Lai Pan Com Tony Leung, Tang Ewi,Chiu Wai e Joan Chen ). Duração: 157”
Sinopse: Wang Jiazhi (Wei Tang) é uma jovem chinesa que entra na faculdade durante o período de ocupação japonesa, na 2ª Guerra Mundial. Lá ela participa de um grupo de teatro patriótico, tornando-se rapidamente a artista principal. Entretanto os planos do grupo são mais ambiciosos. Eles decidem assassinar o Sr. Yee (Tony Leung Chiu Wai), um colaborador do lado japonês. Wang, então, se transforma em Mak, a fictícia esposa de um mercador. Sua função é se tornar amante do Sr. Yee, para facilitar a ação do grupo.
Participantes: Prof.ª Ana Claudia Oliveira, Cristina Gomes Freire, Jô Souza e Dhora Costa
TEMA: A PERSONAGEM DITAVA A MODA NO SEU TEMPO -18 de agosto de 2009 - 09h às 12: 00h
Filme: A DUQUESA - The Duchess 2008, (Itália / França / Inglaterra) Oscar de melhor figurino em 2009. Direção de Saul Dibb, figurino de Michael O'Connor. Duração: 110”
Sinopse:Georgiana Spencer (Keira Knightley) casou-se aos 18 anos com o Duque de Devonshire (Ralph Fiennes), que queria a todo custo ter um filho. Detentora do título de Duquesa de Devonshire, logo Georgiana demonstrou sua inteligência e perspicácia perante a corte inglesa. Entretanto ela não conseguia dar ao duque um filho. Isto faz com que o relacionamento entre eles se deteriore, pouco a pouco.
Participantes: Prof.ª Ana Claudia Oliveira, Jô Souza, Mirella Diniz Luiggi, Mara Maia, Valeria Pereira da Silva
TEMA: O ESTILISTA COMO PERSONAGEM DO DOCUMENTÁRIO -25 de agosto de 2009 - 09h às 12: 00h
Filme: IDENTIDADE DE NÓS MESMOS ou Anotações para Roupas e Cidades - Aufzeichnungen zu Kleidern und Städten, 1989 (Alemanha). Direção Wim Wenders. Duração: 79”
Sinopse : O cineasta Wim Wenders conversa com o estilista Yohji Yamamoto sobre o processo criativo e avalia o relacionamento entre as cidades e a identidade com o cinema na era digital.
Participantes: Ana Claudia Oliveira, Jô Souza, Cíntia Fernandes e Luciano Ramos
INFORMAÇÕES: zizizaza@gmail.com
sábado, 11 de julho de 2009
Jean-Paul Gaultier :musas do cinema reais ou imaginação?
O FIGURINO DO FILME COCO CHANEL
O vestido que Coco Chanel rouba do cabaré onde trabalha
Catherine Leterrier é figurinista de “Coco Avant Chanel”
por Ana Pinho para Portal SPFW ( http://dialogofashion.wordpress.com/2009/06/30/entrevista-catherine-leterrier-a-figurinista-de-coco-antes-de-chanel/)
A onda da Chanelmania ainda não estourou no Brasil, já que o filme “Coco Antes de Chanel” só chega às telas brasileiras em outubro e o outro biópico sobre a estilista, “Coco & Igor”, não tem data de estreia. Mesmo assim, detalhes sobre ambos (principalmente o primeiro) são avidamente consumidos pelos fashionistas tupiniquins.
Para aplacar um pouco dessa curiosidade, o portal SPFW entrevistou Catherine Leterrier, a figurinista do filme. Confira abaixo:
Para “Coco Antes de Chanel”, você precisou criar o vestuário para um dos maiores ícones da moda. Foi um desafio?
Foi, mas como [a diretora] Anne Fontaine quis mostrar o verdadeiro começo de Chanel, pensei que seria interessante criar o figurino para a personagem usando o código Chanel que viemos a conhecer depois. Por exemplo, uso cores como preto, bege e off-white, e tecidos que ela preferiu mais tarde. No filme, todos os visuais que criei são antes de ela se tornar uma estilista, quando era uma milliner [criadora de chapéus]. Exceto no final, quando há um desfile com o resumo de seu trabalho – estas peças escolhi no museu da Chanel.
Como foi sua pesquisa?
Pesquisei o período como faço em qualquer filme, e também me inspirei em fotos famosas da própria Coco. Introduzi peças com base nas fotos, como as listras de marinheiro que ela usou mais tarde. Há uma cena em que ela está na praia e vê pescadores usando roupas listradas, o que lhe dá a ideia. É antes da década de 1930 [o filme se passa nos anos 1910], mas poderia ter acontecido. Também introduzi o tweed, com o qual ela trabalhou a vida toda e que foi inspirado no Duque de Westminster. Fiz Étienne Balsan, seu amante na época, usar tweed para fazê-la usar o tecido no filme.
Há todo tipo de pistas…
Tentei colocar no filme o maior número de características que mais tarde tornariam-se famosas. Há preto e vermelho, paetês pretos, o famoso laço no cabelo, canotiers [tipo de chapéu]. Faço-a usar uma gravata preta em laço por cima de uma camisa branca. Você vê muitos detalhes.
Audrey Tautou de canotier, colete de tweed e laço no pescoço: pistas de um legado futuro
Existiam quantas pessoas na sua equipe?
Há uma equipe no set e uma equipe para fazer as peças. A segunda é antes das filmagens, e consistia em cerca de 50 pessoas. No set, dependia do dia porque quando há muitos extras, há muitas pessoas no local.
Você também fez as roupas dos figurantes?
Não. Fiz todos os chapéus, mais ou menos 800.
São muito chapéus!
São muitos, mas os chapéus disponíveis não eram do tamanho certo, pareciam velhos. Nas partes em que Chanel era milliner, eu queria que os figurantes usassem chapéus que parecem muito complicados, exagerados, do jeito que Chanel não gostaria que fossem – os dela eram diferentes, arquitetônicos. Precisei fazê-los, mas aluguei alguns, comprei outros em mercados de pulgas, fiz uma mistura.
Como era uma dia no set de “Coco Antes de Chanel”?
Audrey Tautou chegava uma hora e meia antes, para fazer maquiagem, cabelo e ficar pronta – vestir corsets demora um pouco. Eu ia ao set quando era uma roupa nova, para checar que tudo seria como deveria ser. Não ficava durante a gravação porque precisava fazer outras coisas, como fittings para a próxima cena. Aqui, tinha duas equipes: uma para passar o dia no set e outra que ia comigo preparar a próxima cena.
Houve algum problema com o figurino?
Na verdade, não.
Muito Chanel.
[Risos] Tínhamos que costurar bastante no set.
Há alguma peça especial para você?
Há um vestido que Chanel rouba quando é cantora de cabaré, para usar em um teste. Ele é rosa avermelhado, ao estilo das cantoras e dançarinas de cabaré da época. Foi divertido criá-lo, não é Chanel. É meigo.
Foi publicado que você colaborou com Karl Lagerfeld no filme. É verdade?
Nós encontramos uma vez. Ele foi muito simpático, olhou meus designs, mas não esteve muito envolvido até a última filmagem, quando Audrey Tautou está usando um terninho que Chanel usava nos anos 1960. Eu não queria recriar algo que era verdadeiramente Chanel, me sentia livre porque criava as coisas num período antes da maison existir. Achei que seria mais justo se a Chanel, e eventualmente Karl, produzissem o que precisávamos.
A moda não é algo presente apenas nas roupas. A moda está no céu, nas ruas, a moda tem a ver com idéias, a forma como vivemos, o que está acontecendo.” Chanel
Eu criei um estilo para um mundo inteiro. Vê-se em todas as lojas “estilo Chanel”. Não há nada que se assemelhe. Sou escrava do meu estilo. Um estilo não sai da moda; Chanel não sai da moda.Coco Chanel
Há outro período na vida da estilista com o qual você gostaria de ter trabalhado?Acho que o período em que ela estava com outros artistas como Pablo Picasso, Igor Stravinsky e Jean Cocteau, todo aquele movimento artístico francês, teria sido interessante.
Última pergunta: você fica com as roupas?
Na verdade, elas estão em turnê – acredito que irão para o Brasil em breve -, e a Cinemathèque e a Chanel pediram para ficar com algumas peças depois.
E você?
Não guardo nada, na verdade.
Não sente falta?
Guardo meus croquis, e é só.
fontes de pesquisa:
Almanaque da Folha
The Little black dress
The Little black dress gets a date
Bem resolvida
Timeline fashion
Coco Chanel – Frases
Coco Chanel – site Oficial
Catherine Leterrier é figurinista de “Coco Avant Chanel”
por Ana Pinho para Portal SPFW ( http://dialogofashion.wordpress.com/2009/06/30/entrevista-catherine-leterrier-a-figurinista-de-coco-antes-de-chanel/)
A onda da Chanelmania ainda não estourou no Brasil, já que o filme “Coco Antes de Chanel” só chega às telas brasileiras em outubro e o outro biópico sobre a estilista, “Coco & Igor”, não tem data de estreia. Mesmo assim, detalhes sobre ambos (principalmente o primeiro) são avidamente consumidos pelos fashionistas tupiniquins.
Para aplacar um pouco dessa curiosidade, o portal SPFW entrevistou Catherine Leterrier, a figurinista do filme. Confira abaixo:
Para “Coco Antes de Chanel”, você precisou criar o vestuário para um dos maiores ícones da moda. Foi um desafio?
Foi, mas como [a diretora] Anne Fontaine quis mostrar o verdadeiro começo de Chanel, pensei que seria interessante criar o figurino para a personagem usando o código Chanel que viemos a conhecer depois. Por exemplo, uso cores como preto, bege e off-white, e tecidos que ela preferiu mais tarde. No filme, todos os visuais que criei são antes de ela se tornar uma estilista, quando era uma milliner [criadora de chapéus]. Exceto no final, quando há um desfile com o resumo de seu trabalho – estas peças escolhi no museu da Chanel.
Como foi sua pesquisa?
Pesquisei o período como faço em qualquer filme, e também me inspirei em fotos famosas da própria Coco. Introduzi peças com base nas fotos, como as listras de marinheiro que ela usou mais tarde. Há uma cena em que ela está na praia e vê pescadores usando roupas listradas, o que lhe dá a ideia. É antes da década de 1930 [o filme se passa nos anos 1910], mas poderia ter acontecido. Também introduzi o tweed, com o qual ela trabalhou a vida toda e que foi inspirado no Duque de Westminster. Fiz Étienne Balsan, seu amante na época, usar tweed para fazê-la usar o tecido no filme.
Há todo tipo de pistas…
Tentei colocar no filme o maior número de características que mais tarde tornariam-se famosas. Há preto e vermelho, paetês pretos, o famoso laço no cabelo, canotiers [tipo de chapéu]. Faço-a usar uma gravata preta em laço por cima de uma camisa branca. Você vê muitos detalhes.
Audrey Tautou de canotier, colete de tweed e laço no pescoço: pistas de um legado futuro
Existiam quantas pessoas na sua equipe?
Há uma equipe no set e uma equipe para fazer as peças. A segunda é antes das filmagens, e consistia em cerca de 50 pessoas. No set, dependia do dia porque quando há muitos extras, há muitas pessoas no local.
Você também fez as roupas dos figurantes?
Não. Fiz todos os chapéus, mais ou menos 800.
São muito chapéus!
São muitos, mas os chapéus disponíveis não eram do tamanho certo, pareciam velhos. Nas partes em que Chanel era milliner, eu queria que os figurantes usassem chapéus que parecem muito complicados, exagerados, do jeito que Chanel não gostaria que fossem – os dela eram diferentes, arquitetônicos. Precisei fazê-los, mas aluguei alguns, comprei outros em mercados de pulgas, fiz uma mistura.
Como era uma dia no set de “Coco Antes de Chanel”?
Audrey Tautou chegava uma hora e meia antes, para fazer maquiagem, cabelo e ficar pronta – vestir corsets demora um pouco. Eu ia ao set quando era uma roupa nova, para checar que tudo seria como deveria ser. Não ficava durante a gravação porque precisava fazer outras coisas, como fittings para a próxima cena. Aqui, tinha duas equipes: uma para passar o dia no set e outra que ia comigo preparar a próxima cena.
Houve algum problema com o figurino?
Na verdade, não.
Muito Chanel.
[Risos] Tínhamos que costurar bastante no set.
Há alguma peça especial para você?
Há um vestido que Chanel rouba quando é cantora de cabaré, para usar em um teste. Ele é rosa avermelhado, ao estilo das cantoras e dançarinas de cabaré da época. Foi divertido criá-lo, não é Chanel. É meigo.
Foi publicado que você colaborou com Karl Lagerfeld no filme. É verdade?
Nós encontramos uma vez. Ele foi muito simpático, olhou meus designs, mas não esteve muito envolvido até a última filmagem, quando Audrey Tautou está usando um terninho que Chanel usava nos anos 1960. Eu não queria recriar algo que era verdadeiramente Chanel, me sentia livre porque criava as coisas num período antes da maison existir. Achei que seria mais justo se a Chanel, e eventualmente Karl, produzissem o que precisávamos.
A moda não é algo presente apenas nas roupas. A moda está no céu, nas ruas, a moda tem a ver com idéias, a forma como vivemos, o que está acontecendo.” Chanel
Eu criei um estilo para um mundo inteiro. Vê-se em todas as lojas “estilo Chanel”. Não há nada que se assemelhe. Sou escrava do meu estilo. Um estilo não sai da moda; Chanel não sai da moda.Coco Chanel
Há outro período na vida da estilista com o qual você gostaria de ter trabalhado?Acho que o período em que ela estava com outros artistas como Pablo Picasso, Igor Stravinsky e Jean Cocteau, todo aquele movimento artístico francês, teria sido interessante.
Última pergunta: você fica com as roupas?
Na verdade, elas estão em turnê – acredito que irão para o Brasil em breve -, e a Cinemathèque e a Chanel pediram para ficar com algumas peças depois.
E você?
Não guardo nada, na verdade.
Não sente falta?
Guardo meus croquis, e é só.
fontes de pesquisa:
Almanaque da Folha
The Little black dress
The Little black dress gets a date
Bem resolvida
Timeline fashion
Coco Chanel – Frases
Coco Chanel – site Oficial
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Desfile de moda esquenta pré-estreia de ‘A Proposta’ em São Paulo
Para o lançamento da comédia “A Proposta”, da diretora Anne Fletcher que terá pré-estreia na próxima segunda-feira, dia 06 de julho, a Walt Disney Studios Motion Pictures preparou um evento ultrafashion. Antes da exibição do filme, a revista online de moda/e-commerce OQVESTIR realiza um desfile com roupas e acessórios das 36 marcas do site, no lobby das salas Cinemark Cidade Jardim, para 1300 convidados. A direção do desfile é assinada por Rosana Sperandéo e Jussara Romão, do site OQVESTIR, e terá styling e coordenação dos consultores de moda Fabio Paiva e Arlindo Grund, também apresentador do programa Esquadrão da Moda.
As modelos vão desfilar looks ligados aos três momentos da protagonista do filme, com roupas de escritório (momento Nova York), de férias (Alasca) e de festa.
Aos 44 anos, Sandra Bullock prova que ainda tem fôlego para viver heroínas com problemas amorosos. Desta vez, sua personagem é uma editora chefe de editora de livros que simula um noivado com seu assistente (Ryan Reynolds) para evitar ser deportada ao Canadá, sua terra natal. Mas o acordo acaba aproximando os dois, principalmente depois que a executiva conhece a família do rapaz. O filme que liderou as bilheterias norte-americanas em seu final de semana de estréia, de 19 a 21 de junho, com US$ 33,6 milhões de renda, recebeu críticas bastante positivas nos EUA. “É impossível não gostar de Sandra Bullock, quando a escalam para os papéis certos, como acontece aqui’’, diz Roger Ebert, do jornal “Chicago Sun-Times’’. “A atriz está ótima e muito convincente por não exagerar na interpretação.’’ Segundo Matt Stevens, do E! Online, Sandra “volta às telas em plena forma, com seu timing para comédia.’’ O crítico ainda destaca que a produção conta com “muitos diálogos divertidos e um casal carismático e irresistível’’.
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