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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Urbi et Orbi – Para a cidade e para o mundo - EXPOSIÇÃO



Abertura: 25 de janeiro, 20h
Palestra seguida de visita guiada com Hugo Fortes às 19h
Performance Trajetos de Síssi Fonseca a partir das 20h
Visitação: 26 de janeiro a 04 de abril de 2010.
Curadoria: Hugo Fortes e assistência de Síssi Fonseca

A exposição Urbi et Orbi - Para a cidade e para o mundo é composta por 12 vídeos - brasileiros e estrangeiros - que se focam no olhar revelador do artista contemporâneo, um grande observador em constante mobilidade geográfica à procura de novos modos de ver e sentir.

Os vídeos descrevem os processos de deslocamento dos indivíduos no ambiente globalizado e transnacional da atualidade. Artistas de nacionalidades diversas usam cidades de vários países (Alemanha, Brasil, Colômbia, França, Japão e Índia) como ponto de partida para discutir a diluição de fronteiras temporais e espaciais que o mundo atual experimenta.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Ingmar Bergman -joga xadrez com Herchcovitch

eu lembrei de um cartaz que tenho comigo...aqui, parece mais a inspiração do make...

“O Sétimo Selo” por Herchcovitch
Uma das obras primas de Bergman reflete questionamentos religiosos do diretor. De 1956, O Sétimo Selo é baseado na peça O Retábulo da Peste que Ingmar Bergman escreveu para seus alunos da Escola de Teatro de Malmö. E li o texto e estudei na Escola de teatro da Bahia. Eu sou fã de Bergman!!!



"- O senhor - respondi - falou da vontade. Nos contos de Mabinogion, dois reis jogam xadrez no alto de uma colina, enquanto embaixo seus guerreiros combatem. Um dos reis ganha a partida; um cavaleiro chega com a notícia de que o exército do outro foi vencido. A batalha de homens era o reflexo da batalha do tabuleiro.
- Ah, uma operação mágica - disse Zimmermann.
Respondi-lhe:
- Ou a manifestação de uma vontade em dois campos diferentes."

Uma das obras primas de Bergman reflete questionamentos religiosos do diretor. De 1956, O Sétimo Selo é baseado na peça O Retábulo da Peste que Ingmar Bergman escreveu para seus alunos da Escola de Teatro de MalmöGuayaquil, de Jorge Luis Borges, in Obras Completas, volume 02, pág 475



Alexandre faz um execelente desfile, inspirado numa obra atemporal , não é apenas um belo trabalho de estilista, criando, pesquisando e executado as roupas, mas ele consegue articular os diversos temas na imagem de passarela, das questões que mais pertubam o homem. Deus existe? Para onde vamos? O filme retrata o medo do juízo final na Idade Média, o adultério, a hipocrisia da Igreja Católica, a peste negra, além de outros temas de maneira cômica e despretensiosa,com a inteligência de Bergman. Alexandre se junta ao diretor para resgatar os temas que sempre pontuaram a sua carreira. Boas conquistas!!!

Diretor de desfile: Roberta Marzolla
Produtor executivo: Alexandre Herchcovitch Stylist: Maurício Ianês
Make up & hair: Celso Kamura
Trilha sonora: Max Blum


Aproveite e olhe as caveiras de ALEXANDER McQUEEN MEN'S FW 2010 FULL SHOW

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

CHÉRI - 22 de janeiro de 2010 - nos cinemas


PATHE FILMS e CALIFORNIA FILMES
Apresentam: MICHELLE PFEIFFER em CHÉRI

Situado na exuberante Paris antes da Primeira Guerra Mundial, CHÉRI conta a história da relação amorosa entre a linda cortesã aposentada Léa (Michelle Pfeiffer) e Chéri (Rupert Friend), filho de sua antiga companheira de profissão e rival, Madame Peloux (Kathy Bates).Léa educa o imaturo e mimado garoto nas artes do amor, mas depois de seis anos Madame Peloux planeja secretamente um casamento entre Chéri e Edmée (Felicity Jones), filha de outra rica cortesã, Marie Laure (Iben Hjejle).
Enquanto o inevitável momento de separação se aproxima, Léa e Chéri tentam se acostumar com a idéia, mas a vida de prazer e alegria dos dois é mais profunda do que eles imaginavam e, tardiamente, o casal percebe o quanto um é importante para o outro.

Alma!

Written and Directed by: Rodrigo Blaas
Produced by: Cecile Hokes
Music: Mastretta
Art Director: Alfonso Blaas
Lighting Supervisor: Jonatan Catalán
Character Technical Supervisor: Jaime Maestro
Character Design: Bolhem Bouchiba, Carlos Grangel,
Sergio Pablos, Santi Agustí
Animation: Daniel Peixe, ManueBover, Remi Hueso
Sound Design: Tom Myers and David Hughes
Post Production Coordinator: David Heras
Special Thanks: Keytoon, Next Limit, UserT38

Full credits: almashortfilm.com

Alma from Rodrigo Blaas on Vimeo.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Cavalera Desfile "Bonequinha de Luxo" - SPFW Inverno 2003

Cavalera Desfile "Bonequinha de Luxo" - SPFW Inverno 2003 - mytrace
Desfile da Cavalera na 14ª Edição do SPFW. A cenografia pelo Marcelo Rosenbaum, a trilha oi feita pelas Esquisitinhas.com, o styling foi do César Fassina, e o cabelo e o make foram do Carrasco. Participação mais do que especial da Pantera Cor de Rosa.

INDICAÇÕES DE FILMES QUE RETRATAM O UNIVERSO DA MODA

La Belle Noiseuse

Derek Zoolander
(Ben Stiller) é um supermodelo egocêntrico em crise, já que perdeu recentemente o posto de número 1 na classificação dos modelos para seu rival Hansel (Owen Wilson). Deprimido, ele busca auxílio com Jacobim Mugatu (Will Ferrell), seu "papa" no mundo da moda, que tem outros planos para Zoolander. Juntamente com uma falsa agente da CIA, Mugatu realiza uma lavagem cerebral em Zoolander, a fim de transformá-lo em um assassino frio e burro ao seu dispor. O plano de Mugatu é enviar Zoolander para assassinar o Presidente da Malásia quando este estiver em sua visita a Nova York, pois com ele morto Mugaru poderá explorar o trabalho infantil no país, o que resultará em custos mais baixos para sua confecção de roupas. Até que Matilda Jeffries (Christine Taylor), uma jornalista da Time Magazine, desconfia dos planos de Mugaru e decide por evitar que Zoolander complete sua missão.

MULHERES - O SEXO FORTE - Mary Haines é uma designer de moda que tem tudo, uma bela casa de campo, um rico marido, uma adorável filha e uma carreira criando desenhos para a venerável companhia de roupas de seu pai. Sua melhor amiga Sylvie Fowler tem outra vida invejável, uma editora feliz e solteira de uma proeminente revista de moda, possuidora de um enorme closet com roupas de griffe e uma venerada opinião sobre o gosto e o estilo da vanguarda nova-iorquina. Mas quando o marido de Mary tem um caso com a quente e bela Crystal Allen, o seu mundo desmorona.


BALADAS EM NY
Mary (Parker Posey) é uma jovem alegre e desmiolada, que adora aproveitar seu apartamento em Nova York e seu guarda-roupa repleto do que há de mais atual no mundo da moda. Porém, após uma festinha ilegal em seu apartamento, ela é levada à delegacia. Para sair da prisão ela conta com a ajuda de sua madrinha Judy Lindendorf (Sasha von Scherler), que lhe empresta o dinheiro da fiança. Precisando pagar a dívida, Mary precisa fazer algo que odeia: arranjar um emprego.

UM CASO MEIO INCOMUM - Eleanor (Bernadette Peters) é uma designer de chapéus que não consegue ter seu trabalho reconhecido e está sempre sem dinheiro. Na vida particular não é diferente, pois apesar de adorar Stash (Adam Coleman Howard), seu namorado, Eleanor sente-se humilhada por ele o tempo todo. A relação acaba quando ela tem certeza que Stash a está traindo com Daria (Madeleine Potter), mas a vida dela muda também profissionalmente quando conhece Wilfredo (Steve Buscemi), um designer de modas que adora os seus chapéus. Quando eles são usados em um desfile Eleanor prova pela primeira vez o sabor do sucesso.

CINDERELA EM PARIS - Um famoso fotógrafo de modas, Dick Avery (Fred Astaire), trabalha para a Quality Magazine, uma conceituada revista feminina. Dick cumpre as determinações da editora da revista, Maggie Prescott (Kay Thompson), que não está satisfeita com os últimos resultados e tenta encontrar um "novo rosto". Dick o acha em Jo Stockton (Audrey Hepburn), uma balconista de uma livraria no Greenwich Village onde um ensaio fotográfico ocorrera recentemente. Após certa resistência, Maggie aceita Jo como a modelo que irá à Paris para fotografar e ser o símbolo da Quality. Jo só concorda pois lá poderá conhecer Emile Flostre (Michel Auclair), um intelectual cujas idéias ela idolatra. Entretanto, ao chegarem em Paris as coisas não correm como o planejado.

A BELA INTRIGANTE - Em sua casa no campo Edouard Frenhofer (Michel Piccoli), um artista sexagenário, vive uma aposentadoria voluntária. No estúdio há uma pintura inacabada na qual Marianne (Jane Birkin), sua esposa, foi o modelo, encostada na parede como uma censura da paixão que morreu entre eles. O casamento não foi rompido, mas é uma relação de compreensão e não de desejo. Um dia um fotógrafo leva Liz (Emmanuele Béart), sua namorada, para conhecer Edouard e Marianne. Algo acontece, pois o artista decide retomar o trabalhado terminando uma pintura que está parada há 10 anos. A obra inacabada é "A Bela Intrigante", que foi inspirado em Catherine Lescault, uma cortesã do século XVII. Ele decide usar como modelo Liz, que acaba de conhecer, mas faz o convite através do namorado dela, que concorda sem consultá-la. Quando ela fica sabendo fica irritada, pois teve a sensação que venderam seu corpo. Além disto teria de posar nua, assim fala ao seu namorado que não irá. Entretanto no dia seguinte Liz vai até a casa do pintor e os dois começam a trabalhar. Tentando fazer um bela obra, ele coloca Liz em posições bastantes incômodas, um tratamento quase sádico em um processo criativo que parece interminável, fazendo Liz detestá-lo. Paralelamente o namorado da jovem passa a se sentir inseguro nesta situação e mesmo Marianne, que sabe que ele é um cavalheiro, não se sente totalmente à vontade nesta situação.

sábado, 2 de janeiro de 2010

A visualidade: Além e aquém das palavras

A visualidade: Além e aquém das palavras

Tomemos as narrativas fílmicas: “A partida” (Okuribito, Dir. Yojiro Takita, Japão, 2008) em cartaz no cinema HSBC; “O ponto vermelho” (DER ROTE PUNKT, Dir. Marie Miyayama, Alemanha, 2008) ainda inédito no circuito comercial, exibido Mostra de Cinema-2009; e “Hanami – Cerejas em flor” (Kirschblüten - Hanami, Dir. Doris Dorrie, Alemanha-França, 2008), em cartaz no espaço Unibanco da rua Augusta. Eles recortam temáticas que se que entrecruzam. Nos três filmes, as pausas suspensas do tempo: a gestualidade e o silêncio valem mais do que as palavras e diálogos. São obras sensíveis e dramáticas que abordam de maneira peculiar os rituais do cotidiano: comer, dormir e viver. Nos três filmes não existe uma preocupação com cortes rápidos, mas o tempo da contemplação, da meditação. As passagens entre a vida e a morte, das diferenças culturais entre o oriente e o ocidente, abordam o tema da família como vinculo afetivo e os casulos do corpo: velho e novo, estático e em movimento.

A amizade, a memória e as recordações redesenhadas no presente, passado e futuro, das passagens do tempo e espaço. Como resgatamos na morte aquilo deixado na vida? Como sentimos a ausência da presença de uma pessoa querida que já morreu? Como desfrutar os momentos essenciais da vida? Relembrando o filme de Bergman, “O sétimo Selo” em que a morte vem dialogar com um cavaleiro medieval jogando uma partida de xadrez. Nos filmes em questão o tema da morte é trabalhado de maneira muito mais complexa e deixa marcas nos corpos e nas almas.

As vestimentas: a materialidade da memória

No filme “A partida”, o morto passa por um ritual de purificação: recebendo o último banho do agente funeral contratado pela família, ele é vestido com suas roupas, seus acessórios, penteado e maquiado na frente de seus parentes, deixando-o com uma boa aparência para ser recebido numa outra dimensão. Já no filme “Hanami – Cerejas em flor”, a relação com as vestimentas também traz a memória afetiva e presentifica metafisicamente a imagem do corpo que está ausente. Como se a roupa pudesse fazer o outro reviver os momentos por sua materialidade: cor, caimento, desgastes, texturas e cheiro do dono. Assim, o personagem Rudi já na terceira idade e com pouco tempo de vida, ao perder a sua companheira, Trudi de um longo casamento, encontra-se sozinho. Os seus filhos cresceram e são egoístas demais para abdicar de suas vidas para cuidar do pai. Em vida, a sua mulher abandonara o sonho de ser dançarina de Buthô em prol do casamento e dos filhos. Lembrei-me do livro que li em 2004: “O Casaco de Marx. Roupas, memória, dor”, de autoria de P. Stallybrass que revela trajetória que o casaco de Karl Marx indo e vindo do corpo de seu dono à loja de penhores é refletida na obra “O Capital”. A memória que o casaco carrega e a relação do seu dono com o mesmo acabaram por gerar reflexões sobre consumo, valor dos bens de consumo e a relação deles com as pessoas.

No filme “Hanami – Cerejas em flor”, o personagem, na ausência de sua mulher vai viver alguns momentos a partir das suas vestimentas cotidianas. Assim dentro de uma pequena mala ele carrega para o Japão todos os pertences que vão corporificar a presença-ausência da esposa morta: fotos, um livro, um colar, um casaco azul, uma saia de bolinhas pretas e um robe de seda. Como se as roupas estivessem impregnadas de suas memórias pessoais e afetivas. Então, ele experimenta as roupas femininas, no seu corpo masculino e vai “mostrando a cidade” às suas roupas, como se um pedaço dela estivesse ali. As roupas vão muito além das palavras, no seu silêncio, transportam todas as nossas narrativas, memórias e afetividades. Assim, a materialidade da memória afetiva está aprisionada nas nossas roupas.


Cerejeiras em flor - Kirschblüten - Hanami
Nome original: Kirschblüten - Hanami
País: Alemanha/2008
Direção: Doris Dörrie
Com: Elmar Wepper, Hannelore Elsner e Aya Irizuki
Duração: 126 minutos
Classificação: 14 anos
Espaço Unibanco Augusta
R. Augusta, 1.470 e 1.475 - Consolação - Centro. Telefone: 3288-6780 (salas 1 a 3) e 3287-5590 (salas 4 e 5).
Aceita os cartões Diners, MasterCard, Visa. Ingresso: R$ 8 a R$ 18 (Sessão Cinéfila: R$ 5. Curta Petrobras às Seis: grátis). Desc. 50% para correntistas e funcionários do Itaú e Unibanco.

Veja também:


A PARTIDA - em cartaz no HSBC

O PONTO VERMELHO
Sites de consulta:
http://www.youtube.com/watch?v=uqiMLQPJUKA
http://www.departures-themovie.com/
http://www.mostra.org/

EM 2011

EM 2011