Espelho, espelho meu... existe alguma coisa mais chata que a mini-serie de Maysa? O espelho não responde. Bem que o diretor Jayme Monjardim poderia ter evitado, as criticas. Era só colocar a tal "sandália da humildade". Precisava de humildade para perceber que filmar não é resolver complexo edipiniano nem sensação de abandono.
Eu sei que aqui não é o lugar apropriado, já que quero dedicar o blog Moda e Cine às questões do cinema e da moda, porque ambos são indústrias e meios de comunicação e expressão. O primeiro foi muito importante para a propagação dos mitos, estilo de vida. Influenciou costumes e, é claro a moda!
Mas, não pude deixar de notar o festival de besteiras da série Maysa. A começar pela interpretação da dublê de atriz que busca desmedidamente a intensidade voraz no olhar penetrante da personagem. Tudo carregado de caricatura que, mesmo assim, não consegue passar a embriaguez do corpo e da alma de Maysa. Ao menos não faltava em suas mãos um copo de uísque. Cadê a Fátima Toledo?
Tirando o seu guarda roupa formatado e démodé, mesmo para os padrões da época, Maísa foi intensa, profunda, uma mulher sem dissimular. Maysa não foi Capitu. Para ela cantar estava acima da família. A mini série tecnicamente é bem feita, com uma boa fotografia, apesar de em alguns planos não ficar tão interessante. Faltou uma direção mais artística. Arranjos poéticos na imagem, nos enquadramentos, pausa poética, silêncio e momentos de reflexão. Será que não existe uma maneira de contar sem subestimar o espectador? As pessoas ficaram ainda sem conhecê-la.
Eu sei que aqui não é o lugar apropriado, já que quero dedicar o blog Moda e Cine às questões do cinema e da moda, porque ambos são indústrias e meios de comunicação e expressão. O primeiro foi muito importante para a propagação dos mitos, estilo de vida. Influenciou costumes e, é claro a moda!
Mas, não pude deixar de notar o festival de besteiras da série Maysa. A começar pela interpretação da dublê de atriz que busca desmedidamente a intensidade voraz no olhar penetrante da personagem. Tudo carregado de caricatura que, mesmo assim, não consegue passar a embriaguez do corpo e da alma de Maysa. Ao menos não faltava em suas mãos um copo de uísque. Cadê a Fátima Toledo?
Locação: ZumZum Bar Disco
Maquiagem: Rodrigo Cabelo: Paulo Assitente: Tâmara e Diego
Projeto Gráfico e tratamento das fotos: Luiz Fernandez
Maquiagem: Rodrigo Cabelo: Paulo Assitente: Tâmara e Diego
Projeto Gráfico e tratamento das fotos: Luiz Fernandez
Acredito que foi um maneira do diretor se redimir com a família Matarazzo, ou até mesmo diminuir a richa rio-sp, dizendo, nas entre linhas: “Olhem! Minha mãe... ela só ficou assim, por amar demais o meu pai.” ou" A culpa foi da imprensa!" Hummm, será? Em algumas falas (“Você é o lobo, mas sou eu que vou te comer!”) Maysa parece ter estado aberta a todas as possibilidades da carne. Mas, como não fui contemporânea dela, não posso afirmar.
Tirando o seu guarda roupa formatado e démodé, mesmo para os padrões da época, Maísa foi intensa, profunda, uma mulher sem dissimular. Maysa não foi Capitu. Para ela cantar estava acima da família. A mini série tecnicamente é bem feita, com uma boa fotografia, apesar de em alguns planos não ficar tão interessante. Faltou uma direção mais artística. Arranjos poéticos na imagem, nos enquadramentos, pausa poética, silêncio e momentos de reflexão. Será que não existe uma maneira de contar sem subestimar o espectador? As pessoas ficaram ainda sem conhecê-la.
Faltou recriar a imagem de uma diva. Faltou o uso e a apropriação do discurso feminino de liberdade. O recurso de flashback é careta. Antes, recorresse as imagens do próprio acervo em P/B, uma mistura entre o real ( documentário) e a ficção. Jayme bem que poderia ter chamado Guilherme de Almeida Prado que dirigiu o filme 'Por Onde Andará Dulce Veiga?' (2008) para conseguir dar uma repaginada, um frescor na minisérie. E, atualizar o melodrama, indo além de um mero folhetim para alavancar o Ibope. Se Maysa estivesse viva como seria?
Com relação ao figurino e à consultoria visual, foi feita uma boa caracterização da época. Mas bem que podia ter deixado Maysa menos gordinha e ter alongado a sua silhueta. Do jeito que era vaidosa, deve ter ficado aborrecida em olhar lá de cima o seu clone tão redondo na TV em rede nacional.
Também achei a produção da minisérie muito boa, com uma fotografia maravilhosa, mas acho que se preocuparam muito com a caracterização e deixaram a atuação, deixaram de mostrar a MAYSA de verdade.
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